Papa tem liberdade para escolher o nome que quiser usar em seu pontificado
Muitos ficam curiosos para saber o que
acontece, de fato, dentro de um conclave. O processo para a eleição de
um Papa, que deve ser mantido sob total sigilo, na verdade, segue um
rito pré-estabelecido pelo Ordo Rituum Conclavis, o livro litúrgico com orientações sobre como proceder da morte do pontífice ao início do ministério petrino do papa eleito.
Poucos antes do papa eleito ser
apresentado ao mundo, por exemplo, ele deve escolher um nome capaz de
expressar aquilo que será a sua missão específica durante o seu
pontificado. Bento XVI associou a escolha de seu nome ao papado de
Bento XV – o pontífice da primeira guerra mundial que lutou
incansavelmente pela paz. A escolha também foi relacionada ao pai do
monarquismo ocidental, São Bento, que contribuiu, inclusive, para que a
cultura européia/ocidental tivesse sua própria identidade.
“Esta é a tradição da história da Igreja
há vários séculos. Nos últimos 150 anos, não tivemos papas que
escolheram nomes originais; seus nomes estiveram ligados a papas do
século antecedente, ou ao pontificado anterior”, explicou o vaticanista
italiano Andrea Gagliarducci.
A escolha do nome dentro do Conclave
Após o decano do Colégio Cardinalício
anunciar o cardeal eleito dentro do Conclave, ele se volta ao novo papa e
pergunta: “Aceita a sua eleição canônica como Sumo Pontífice?”. Dado o
consenso, o decano prossegue: “Como qual nome desejas ser chamado?”,
conforme relata o Ordo Rituum Conclavis.
O vaticanista falou de algumas
curiosidades a respeito da escolha do nome dos sumos pontífices. Segundo
ele, ao observar na história, o apóstolo André, por exemplo, ainda não
foi homenageado entre os 265 papas da história da Igreja.
“O nome mais escolhido até hoje foi
João. No entanto, o Papa pode escolher o nome que quiser. Quem sabe o
próximo possa escolher o nome ‘Bento’. Difícil saber”, ressaltou.
Fonte: CN
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